Da distância
Disseste que o Ribatejo libertava os teus sentidos mais profundos, quem sabe proibidos, e que aqui eras feliz.
Em Lisboa passa o Almonda que te corre na alma e tu, na tua irreverência, deixas para trás o teu Tejo e voltas com um sorriso, aquele que fizeste despertar nas gentes da minha terra. Tanto de ti ficou guardado em cada lugar que passaste, pedaços teus são tão nossos também.
A distância não separa corações ao alto, a ausência não dissipa amizades construídas de momentos partilhados e agora, sempre que vens, trazes contigo o teu Tejo e levas pedaços de Almonda no teu regresso.