Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Sei que não me lês, sei que não entras no meu espaço.
Por isso confesso que não te esqueci, amor da minha vida presente.
Declaro aqui, neste meu mundo, que és tu que existes em cada momento imaginário do meu dia a dia.
Às vezes, vejo-te passar. Finjo que ignoro a tua presença, finjo que me és indiferente, mas és tu quem faz parte dos meus sonhos.
Sei que o tempo vai passar e nada vai mudar. Sabes, meu amor, bastava-me aquela conversa que nunca tivemos e sinto que jamais teremos. Mas as palavras permanecem guardadas num cantinho de mim, à espera do momento em que possa proferi-las.
Embarquei no rio das lágrimas que derramei por ti e naveguei na imensidão do sentimento que te sustenho. Desaguei na ternura que me agarra a ti e naufraguei na perda deste amor ausente.
Podia cair uma estrela, que eu estaria aqui para contigo poder abraçá-la. Podia abater o sol, que eu estaria aqui para contigo sentir o seu ardor. Podia ruir a terra, que eu estaria aqui para contigo construir um mundo novo. Podia acabar tudo o que existe que eu estaria aqui, à tua espera.
Nunca saberás o meu verdadeiro sentimento, aquele que nutro por ti. Resta-me esperar que o tempo permita que me liberte de ti, um dia.
Mais ninguém conseguirá preencher o lugar que te pertence.
Abres a porta do meu mundo e entras nos meus sonhos devagar. Recolhes-me no teu colo e afagas os meus cabelos lentamente. As tuas mãos percorrem o meu rosto por entre carícias delicadas.
Em redor de nós, um vento brando onde as palavras não pairam. Nada consegue quebrar esta aragem que nos faz levitar.
Apertas-me docemente de encontro ao peito, envolves-me nos teus braços e dançamos num silêncio fiel que nos faz subir até à nuvem mais alta. Enlaçamo-nos por entre gestos de uma ternura quase transcendental.
Respiram-se os nossos sentidos, tocam-se as nossas almas.
É tudo tão suave.
Pára o tempo, acaba o mundo e permanecemos neste misto de amor e inocência.
É uma porta aberta para um sonho que se repete em cada pedaço das horas que vão passando por mim.
Contigo descobri que não temos a mesma alma. A tua escapou por entre as vísceras do teu coração arrefecido.
Ensinaste-me que não faço parte de ti. E tu não poderás fazer parte da minha vida.
Contigo aprendi que nem o mais grandioso dos amores pode juntar duas pessoas que não têm o mesmo sonho, que não dançam a mesma música. Mesmo aquela que escutam em perfeita sintonia. Não é livre um amor assim.
A nossa música deixou simplesmente de tocar. É hora de esquecer o que não fomos. Ficaram os retalhos perdidos no chão de uma vida apenas. A outra vida és tu e não me pertence.
Fechei o meu coração. Lancei a chave às águas de um rio que corre veloz debaixo da ponte que separa as nossas vidas. Não há retorno. O meu coração está selado.
Mas a minha alma continua a dançar e consegue libertar-se num voo sem limites. E as palavras esperam por mim em volta de uma fogueira numa noite de luar.
Asas Perdidas é o cantinho das minhas emoções transformado agora em livro, um sonho tornado realidade.
É um livro de poesia branca onde estão expressas divagações minhas. É um livro que fala, essencialmente, de amor.
Dedico este livro às mulheres da minha vida. Avó, mãe e irmãs. Sem o seu amor e apoio, não teria sido possível concretizar este sonho.
Quero agradecer do fundo do coração à querida Helena da Autores Editora a ajuda preciosa para a realização deste sonho. Sem ela, não teria conseguido alcançá-lo.
Por entre contactos frequentes para a edição do livro fomos criando, passo a passo, laços de afecto. Estou-lhe imensamente grata por tudo.
Um agradecimento muito especial a todos os amigos que acompanham o meu blog e me acarinham a cada dia.
Tenho de mencionar dois nomes que me deram uma força inigualável. A minha muito querida Ónix, irmã de sangue, de alma e coração e o meu muito querido amigo José que tem sido incansável nas palavras de apreço. Sem eles, não teria conseguido ir em busca deste sonho, ir à luta até ao fim.
A querida Flordeliz ofereceu-me este miminho que estava guardadinho na minha alma à espera deste dia.
Agradeço do fundo de mim o gesto e as palavras doces de uma amiga que tem um mundo que nos encanta com a beleza dos seus clics e que nos deixa a sonhar com a magia de cores que nos envolve.
Obrigada, querida Flor!
Não vou seguir as regras, mas vou oferecer este selo a todos aqueles que passam por aqui e trazem consigo magia nas palavras.