Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
O vento não sopra e cheira a terra molhada. O céu não chora agora sobre as pedras da calçada. As gotas de chuva deslizam pelas folhas que vão caindo das árvores. Morrem no chão pelo Outono que chegou. E eu choro pelo calor que já não sinto, pela lua que não vejo.
A cidade está pintada em tons de cinza, mas o meu sótão permanece cor de rosa e as lágrimas secam.