Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Procurei-te pela casa. Estavas na varanda como tantas vezes.
Acendeste um cigarro e fumaste-o enquanto bebias um café sofregamente. Voltaste a acender outro, mas deixaste-o ficar por entre os dedos até se extinguir na sua última chama.
Olhavas as pessoas que passavam ali perto, os carros que circulavam devagar, as casas lá ao longe na cidade.
Parei no quarto a ver-te, parecias-me triste, mas sentiste a minha presença e esboçaste um sorriso como sempre fazes.
Pediste para sentar-me a teu lado, pegaste na minha mão, acariciaste o meu cabelo com ternura e docemente, muito docemente, murmuraste amo-te tanto com a mais pura das verdades nas palavras.
O silêncio veio depois, ficaste a observar um par de namorados que andava alegremente de mãos dadas e olhaste para mim como uma criança abandonada.
- Sabes? Hoje lá no curso disseram-me que eu irradiava felicidade - disseste com um brilhozinho nos olhos - Mas sabes? Queria levar-te a sair, levar-te a jantar e não posso. Mas, se quiseres, levo-te a passear ao jardim, namoramos no meio da natureza e respiramos as cores que ela tem para nos oferecer. É tão bonita a sua essência.
E eu fiquei a pensar. Haverá sentimento mais belo do que este? Se existir será assim tão imenso, tão intenso, tão genuíno?
Se assim for, meu amor, estarei aqui até ao despertar dos teus silêncios.
Eu até poderia dizer que dançaria com o Johnny Deep ou com o Jared Leto, dois rapazinhos que considero de uma beleza extrema. Mas vou mencionar um homem português, porque há que valorizar quem temos por cá. Para além de ser um excelente actor, tem um sorriso de cortar a respiração.
Fez ontem 6 anos que comecei nas andanças por aqui e confesso que tem sido uma aventura deveras gratificante. Obrigada a quem me acompanha com carinho e à equipa do blogs do sapo.
Café. Não consigo passar um dia sem beber café. Um, dois, três, quatro. Dificilmente ultrapasso esse número, salvo raras excepções.
Bebo café não pelo facto de precisar de ingeri-lo para acordar, mas pelo seu sabor delicioso, pelo aroma que me envolve, pelo sabor que me fica na boca.
É, também, benéfico à saúde. A cafeína alivia problemas respiratórios e eu, como asmática que sou, uso e abuso.
O café faz-me bem à alma, inspira-me. Com ele a meu lado balanço na fantasia, soltam-se-me as letras na ponta dos dedos e construo histórias.
Atrasada por uns dias, mas é sempre tempo de celebrar. Eu faço-o desta forma, desejando à equipa dos blogs do sapo as maiores felicidades ao longo do seu percurso.
É com muita honra que escrevo no sapo, aquele batráquio que nos deixa entrar no seu mundo e nos dá liberdade para escrever, criar. Desde 2007 tenho conhecido blogs indescritíveis, formas de escrita envolventes e outros tipos de arte simplesmente fenomenais. Aqui cruzam-se emoções, misturam-se lágrimas, risos e sorrisos. Partilham-se alegrias, tristezas, abrem-se corações e unem-se almas.
Por aqui também existem verdadeiros construtores de sonhos, onde podemos escrever até onde o nosso imaginário nos levar. Aqui publicam-se livros, materializam-se quimeras.
Obrigada, sapinho, e muitos parabéns!
(imagem retirada de sapo fotos sem referenciação de autor)