Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Às vezes, de noite, subo ao telhado do sótão, sento-me a ver as luzes da cidade e o frenesim do fim dos dias e penso que gostava de ficar ali para sempre. O meu sótão é cor de rosa. Leonor Teixeira, a Ametista
Disseste que o Ribatejo libertava os teus sentidos mais profundos, quem sabe proibidos, e que aqui eras feliz.
Em Lisboa passa o Almonda que te corre na alma e tu, na tua irreverência, deixas para trás o teu Tejo e voltas com um sorriso, aquele que fizeste despertar nas gentes da minha terra. Tanto de ti ficou guardado em cada lugar que passaste, pedaços teus são tão nossos também.
A distância não separa corações ao alto, a ausência não dissipa amizades construídas de momentos partilhados e agora, sempre que vens, trazes contigo o teu Tejo e levas pedaços de Almonda no teu regresso.
Depois de alguma ausência por motivos alheios à nossa blogosfera, venho pronunciar-me sobre o acontecimento da noite de hoje na rtp1.
Não gosto de fazer críticas destrutivas sobre o que quer que seja mas, no meu ponto de vista, há uma música que poderá (ou poderia) ser merecedora de ganhar o Festival da Canção. E é ela a número 1, interpretada por Rui David.
Sendo assim, tirando a música 'Sem medo' composta pelo nosso grande Jorge Palma, quase todas as outras canções foram uma tentativa de 'chegar aos calcanhares' de Salvador Sobral e da sua maravilhosa interpretação. Porque as restantes são, como diria, patati patatá? Enfim...
Achei o guarda-roupa e os penteados dos intérpretes de muito mau gosto, mas isso é uma opinião pessoal e gostos não se discutem. Sobre os apresentadores?, gosto muito do Pedro Fernandes mas prefiro vê-lo no Brainstorm e em relação à Filomena Cautela prefiro não me adiantar muito, porque tornar-me-ia numa pessoa grosseira. Mas a moça, quando fala, parece que vai apanhar o comboio e acha-se muito engraçada. Deve ser por ter ficado 'rainha e senhora' do 5 para a meia-noite. Faltam lá os rapazes, sinceramente.
E patati patatá. Tristeza. Bem, siga.
Nunca se repetirão interpretações como a Simone de Oliveira com 'Sol de Inverno' e 'Desfolhada Portuguesa', Tonicha com 'Menina do Alto da Serra', Paulo de Carvalho com 'E depois do Adeus', Dulce Pontes com 'Lusitana Paixão', Sara Tavares com 'Chamar a Música' e, claro, Salvador Sobral com 'Amar pelos Dois'.
Que ganhe, então, o Rui David porque é uma música mesmo à Jorge Palma. Genuína, verdadeiramente portuguesa.
A seguir vou ver os Óscares, que não são mais do que outra 'politiquice manhosa' e, normalmente, quem ganha não é quem deveria ser o(a) verdadeiro(a) merecedor(a) da estatueta, salvo raras excepções.