Porta aberta para um Sonho
Querido Duarte,
Às vezes, sinto-te chegar.
Abres a porta do meu mundo e entras nos meus sonhos devagar. Recolhes-me no teu colo e afagas os meus cabelos lentamente. As tuas mãos percorrem o meu rosto por entre carícias delicadas.
Em redor de nós, um vento brando onde as palavras não pairam. Nada consegue quebrar esta aragem que nos faz levitar.
Apertas-me docemente de encontro ao peito, envolves-me nos teus braços e dançamos num silêncio fiel que nos faz subir até à nuvem mais alta. Enlaçamo-nos por entre gestos de uma ternura quase transcendental.
Respiram-se os nossos sentidos, tocam-se as nossas almas.
É tudo tão suave.
Pára o tempo, acaba o mundo e permanecemos neste misto de amor e inocência.
É uma porta aberta para um sonho que se repete em cada pedaço das horas que vão passando por mim.
Tua até sempre.
Laura