A dançar em silêncio desde 2007
Dei por mim a fumar um cigarro apagado a meio da noite.
Havia palavras soltas por todos os lados, lembranças que ficaram perdidas algures no meu sótão. Um copo vazio, cheio de lágrimas secas pelo tempo.
Saudades daqui, deste recanto que já teve tantos nomes, tantos rostos. Sobre a avenida assim ficou, parado nas horas que correm apressadas. Pobre sótão, o sossego tornou-se tão maior.
Tantas foram as danças em silêncio que se perpetuaram neste lugar, a minha alma perdeu o seu calor.
A Ametista permanece. Continua deitada sobre as ondas de papel em branco, adormecidas num sono frágil e prolongado. As letras escorreram por entre os dedos pálidos, sem caneta.
É urgente voltar. É urgente ficar. Para sempre. Aqui (re) nasci, aqui vivi, aqui fui feliz. Aqui quero ficar.
Voltarei (?).